Falando de Si Mesmo
O amor não deseja impressionar os outros, nem acaricia ideias exageradas de sua própria importância. 1 Coríntios 13:4 (Phillips)
Um famoso psiquiatra gaba-se de fazer com que a pessoa mais complicada já esteja falando, cinco minutos depois de entrar em seu consultório. O segredo? Ele simplesmente conta alguma coisa a respeito de si próprio, algo que mostre paciente que ele é humano e comete erros como todo mundo.
O mesmo princípio funcionou para Brenda, a nova professora da terceira série. Embora fosse nova na escola, não era inexperiente no magistério. Já havia lecionado vários anos em outras escolas. Os outros professores mostravam-se polidos, mas ninguém tomava qualquer iniciativa de fazer amizade com ela.
Certa vez, depois de um dia particularmente difícil, Brenda cruzou o corredor e foi à sala da quarta série, onde Jane lecionava. As crianças já haviam saído, e Jane estava prendendo desenhos num quadro de anúncios.
– Oi, Jane! – começou Brenda. – Espero que seu dia não tenha sido tão ruim quanto o meu. Nada parecia dar certo. As crianças estavam inquietas e desatentas. Acho que meu trabalho foi um desastre hoje! – E deixou-se cair numa das cadeiras dos alunos, suspirando.
Jane interrompeu o que estava fazendo e olhou para aquela mulher que ela considerava a professora perfeita – alguém que fazia tudo certo o tempo todo.
– Que maravilha! – desabafou ela. – Como é bom saber que você tem dias ruins como o restante dos professores! Eu pensava que nada dava errado para você!
Jane sentou-se sobre uma carteira na frente de Brenda e contou uma história engraçada que havia ocorrido com ela durante o dia.
Ambas riram, e Brenda contou algo que ocorrera no pátio do recreio. Riram mais um pouco. Contaram isso e aquilo. Depois Jane contou sobre um problema difícil de saúde que estava enfrentando.
– Preciso comentar isso com alguém – disse Jane, sorrindo entre lágrimas. – É bom saber que você é minha amiga. Obrigada por me ouvir.
Jane não teria jamais feito essa confidência se Brenda acariciasse ideias exageradas de sua própria importância. Como não estava ansiosa por impressionar, mas contou sinceramente seus sentimentos a respeito do dia de trabalho, pôde fazer uma nova amizade.
Fazendo Amigos
Se queremos ter amigos, devemos parar de fazer ostentação própria, e começar a falar franca e honestamente acerca da pessoa que somos na realidade.